A qualidade dos sistemas de freio tem influência direta no desempenho e segurança de um veículo. Um dos principais itens desse conjunto são as pastilhas, pois se trata dos componentes que, quando o condutor aciona o pedal de freio, pressionam o disco para garantir a redução da velocidade a partir do atrito. Isso significa que, se as pastilhas não estiverem em boas condições, a frenagem do veículo pode ser bastante prejudicada.
O desgaste das pastilhas e o atrito irregular também pode gerar problemas em outro componente importante do sistema de freios: o disco. Como todo problema automotivo que não é descoberto no início, o resultado é um aumento considerável nos prejuízos financeiros, além do grande risco à segurança dos ocupantes do carro.
Para evitar esse tipo de problema, neste post, vamos apresentar 5 sinais que indicam que está na hora de trocar as pastilhas de feio de um veículo. Confira!
Quais os sinais para trocar as pastilhas de freio?
Separamos abaixo os principais sinais que merecem sua atenção. Depois, você confere outras dicas que também farão diferença no seu dia a dia. Vamos direto ao ponto!
1. Fique atento às luzes do painel
O primeiro passo para identificar a possibilidade de desgaste nas pastilhas de freios, é verificar no manual do veículo se há alguma luz indicadora no painel relativa a esse problema — os veículos mais modernos apresentam essa sinalização.
O conhecimento de todos as luzes apresentadas no painel é de suma importância, para evitar que problemas que podem ser identificados no início tenham a sua resolução retardada, provocando um efeito dominó de avarias em outras peças de um mesmo sistema.
É claro que as luzes do painel são apenas indicativas, ou seja, não dá para confiar somente nelas, é preciso verificar se o problema de fato está acontecendo ou se a sinalização é fruto de alguma falha no sensor que identifica a avaria ou no próprio painel.
Outro ponto importante a ser ressaltado é que a luz do painel apagada não necessariamente indica que está tudo bem com a peça — é sempre bom pensar na detecção de problemas a partir da conjunção de vários sinais, e não fechar o diagnóstico a partir de uma única variável.
Nesse cenário, é importante sempre ficar de olho nos sinais que o veículo está dando e é sobre isso que falamos nos próximos tópicos. Continue lendo!
2. Preste atenção nos ruídos que o veículo emite
Os mecânicos mais experientes conseguem identificar boa parte dos problemas automotivos a partir da audição. Entender qual é o barulho que esperamos de cada modelo de veículo é o primeiro passo para identificar os ruídos fora do comum.
Quando o problema está relacionado às pastilhas, o veículo geralmente emite um ruído estranho quando o pedal de freio é acionado. Aliás, o barulho incômodo na hora da frenagem pode indicar, além do desgaste, que as pastilhas utilizadas são de baixa qualidade — principalmente quando os ruídos aparecem bem antes do esperado.
É sempre importante verificar os componentes para identificar se, de fato, há um desgaste na pastilha de freio ou se o barulho na frenagem está relacionado a acúmulo de sujeira entre o disco e a pastilha ou outro tipo de avaria.
Independente do motivo do ruído, ele não deveria acontecer, pois indicam que algo no sistema de frenagem não está funcionando de maneira adequada e isso pode trazer problemas a outros componentes, afetando a vida útil do sistema todo e gerando um gasto bem maior.
3. Avalie a espessura dos discos
Sempre que eles suspeitar de que ha desgaste nas pastilhas de freio, você procurar a sua oficina de confiança o mais rápido possível para que seja realizada a conferência da espessura dos discos. Afinal, desgastes desiguais podem tornar a peça mais fina do que o recomendado.
Se o disco estiver com a espessura abaixo do mínimo recomendado e não for identificado rapidamente, poderá causar problemas sérios no sistema de frenagem, além de riscos à segurança. Nesse cenário, somado à substituição das pastilhas, será necessária a troca do disco.
A Fremax introduziu na sua linha de discos a tecnologia Safety Check, sistema que indica quando trocar o disco de freio desgastado. O Safety Check é uma tecnologia inovadora desenvolvida para indicar o momento exato em que o disco tem que ser substituído, isso garante mais segurança aos ocupantes do veículo.
4. Perceba alterações no acionamento do pedal
Outro sinal que pode indicar problemas de desgaste nas pastilhas de freio é a alteração do movimento padrão durante acionamento do pedal. Na correria do dia a dia, nem sempre percebemos essas alterações, principalmente quando elas são sutis.
Muitas vezes acabamos nos adaptando à mudança sem perceber que a pressão do pedal está diferente. O pedal vai ficando mais duro ou a frenagem começa a exigir uma pisada cada vez mais forte e, como acontece de forma gradativa, só percebemos quando já está em níveis críticos.
Por isso, é importante prestar atenção ao pisar no pedal, verificando se ele está, mesmo que de forma sutil, começando a ficar mais duro ao ser pressionado ou se apresenta algum comportamento diferente do normal. Nesses casos, é importante fazer a troca antes que os problemas se agravem.
5. Fique de olho na quilometragem
A quilometragem funciona como uma espécie de “relógio” que marca a vida útil dos componentes de um carro — boa parte das peças tem sua validade atrelada à utilização do veículo e não a uma data específica.
Ou seja, mesmo que o carro não apresenta sinais evidentes de problemas e que não tenha passado muito tempo desde a última troca, se você tiver rodado com o veículo, observe se não ultrapassou a quilometragem ideal para a inspeção de alguns componentes, como a pastilha de freio.
Além disso, nas manutenções preventivas, que geralmente devem ocorrer a cada 10 mil quilômetros, mesmo sem alterações, o mecânico deve fazer a verificação das pastilhas para identificar qualquer problema inicial que possa evoluir para alguma algo mais grave e realizar as correções necessárias.
Em média, com quantos km se troca a pastilha de freio?
A troca das pastilhas de freio costuma variar conforme o estilo de condução, tipo de trajeto e até mesmo as condições do clima. No entanto, de modo geral, a média gira em torno de 40 mil quilômetros.
Em veículos que rodam mais em ambiente urbano, com trânsito intenso e muito uso dos freios, essa troca tende a ser antecipada. Já em percursos rodoviários, o desgaste costuma ocorrer mais lentamente. Por causa disso, é sempre recomendável que, a cada manutenção periódica, seja feita uma avaliação para evitar surpresas.
Quais os riscos de rodar com pastilhas desgastadas?
Você já está sabendo que usar o veículo com as pastilhas em más condições pode comprometer toda a estrutura do sistema de freios. Afinal, quando o material de atrito se desgasta completamente, o contato passa a ser feito diretamente entre metal e metal, gerando superaquecimento, perda de eficiência na frenagem e danos severos ao disco.
Nas situações mais graves, há risco de falha total no momento da frenagem, o que pode resultar em acidentes. Continuar rodando nessas condições leva geralmente a um custo maior de reparo, já que outras peças acabam sendo comprometidas.
Quais as diferenças entre pastilhas de cerâmica, metálica e semi-metálica?
As pastilhas de cerâmica são conhecidas por proporcionarem frenagens mais suaves e com menor emissão de ruído, além de gerar menos pó. Elas têm boa durabilidade, são indicadas para aplicações mais exigentes, como os esportivos.
As metálicas, com mais ferro e aço, oferecem melhor desempenho em altas temperaturas e são comuns em veículos que exigem mais resistência. As semi-metálicas são uma opção intermediária, mesclando materiais orgânicos e metálicos. Elas costumam ter bom desempenho e custo mais acessível, sendo bastante utilizadas em veículos de passeio.
O que considerar ao escolher uma pastilha de freio?
Ao escolher a pastilha, considere o tipo de veículo, estilo de condução, ambiente e frequência de uso — fatores essenciais que sempre merecem atenção.
Economizar nem sempre compensa — prefira marcas confiáveis, com produtos testados, certificados e compatíveis com o sistema de freio.
Outro ponto que merece atenção é o material da pastilha, pois cada composição tem comportamento diferente em relação à durabilidade, ruído e performance.
Como a qualidade da pastilha afeta o disco de freio?
Pastilhas de baixa qualidade causam desgaste irregular nos discos, gerando vibração, ruídos e perda de eficiência. Além disso, materiais excessivamente abrasivos aceleram o consumo do disco, exigindo troca precoce.
Como fazer um checklist visual e sonoro para identificação do desgaste?
Para o diagnóstico inicial, observar a aparência das pastilhas pode trazer indícios importantes. Verifique se o material de atrito ainda está visível e com espessura suficiente e saiba que, em muitos casos, é possível visualizar a peça entre a roda e o disco.
Além do visual, o som também é um bom indicativo: ruídos metálicos, chiados constantes ou qualquer som incomum ao acionar o freio merecem atenção. Muitas pastilhas vêm com uma pequena peça metálica que, ao entrar em contato com o disco, produz um som característico como alerta de desgaste. Ficar atento a essas pistas ajuda a evitar problemas maiores (e mais caros) no futuro.
Após este guia, você saberá quando trocar as pastilhas e terá mais base para dialogar com o mecânico.
Tenha acesso a mais conteúdos gratuitos como este assinando a newsletter do nosso blog!