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Guia Completo do Tambor de Freio

Entender o freio a tambor, como funciona e quais cuidados ele exige é algo muito importante para garantir a segurança veicular e a durabilidade do sistema de frenagem.

Embora esse tipo de freio seja considerado mais antigo, ele ainda é amplamente utilizado em diversos veículos, principalmente em rodas traseiras, graças a sua robustez e baixo custo de manutenção.

Por isso, preparamos este post para apresentar informações técnicas detalhadas sobre o sistema de freio a tambor, suas principais peças, quando realizar a manutenção e como ele se compara ao freio a disco. Continue conosco!

O que é o tambor de freio e como ele funciona?

O tambor de freio é um componente cilíndrico que gira junto com a roda. Ao acionar o freio, as sapatas de freio, pressionadas por um cilindro de roda, são empurradas contra a superfície interna do tambor.

Esse atrito gera a desaceleração do veículo. O tambor é geralmente feito de ferro fundido e precisa suportar altas temperaturas durante o processo de frenagem.

Os principais componentes do sistema de tambor de freio são os seguintes:

  • sapatas de freio: componentes curvos revestidos com material de fricção que exercem pressão sobre o tambor de freio;
  • cilindro de roda: componente hidráulico que empurra as sapatas contra o tambor quando o pedal é acionado;
  • molas de retorno: responsáveis por recolher as sapatas após a frenagem;
  • tambor: peça metálica que gira com a roda e recebe o atrito das sapatas.

A simplicidade mecânica desse sistema é o que torna confiável e durável — embora ele também exija revisões periódicas para garantir eficiência.

Freio a tambor, como ele funciona?

Repare que são dois termos diferentes: tambor de freio e freio a tambor. Portanto, é importante diferenciá-los.

Primeiramente, o tambor de freio é apenas uma das partes do sistema. Por outro lado, o freio a tambor é o conjunto completo de componentes responsáveis pela frenagem.

Além disso, quando o pedal de freio é pressionado, o fluido hidráulico é direcionado ao cilindro de roda. Este, por sua vez, empurra as sapatas contra a parede interna do tambor, gerando o atrito necessário para reduzir a velocidade ou parar o veículo.

Consequentemente, esse atrito transforma a energia cinética em calor. Por isso, os sistemas de freio a tambor tendem a acumular mais calor do que os de disco, o que, em uso prolongado, pode levar ao fenômeno do fading (perda de eficiência por superaquecimento).

Em quais veículos o freio a tambor ainda é utilizado?

Mesmo com o avanço dos sistemas a disco, o freio a tambor continua presente em diversos automóveis, como:

  • veículos de entrada e compactos, geralmente no eixo traseiro;
  • utilitários e picapes, que se beneficiam da maior área de contato das sapatas;
  • motos de baixa cilindrada, pelo custo reduzido;
  • veículos comerciais leves, onde a simplicidade e resistência são prioridade.

E por que ele dura tanto tempo? Essa permanência se deve a fatores como:

  • menor custo de produção;
  • boa eficiência em velocidades moderadas;
  • menor necessidade de intervenção técnica frequente.

Quando e como fazer a troca do tambor

A manutenção de freio a tambor deve seguir o plano do fabricante, mas há sinais e prazos gerais que indicam a necessidade de troca ou retífica:

  • em caso de desgaste excessivo da parede interna;
  • se houver ovalização ou fissuras no tambor;
  • sempre que as sapatas forem trocadas e houver sinais de superfície irregular.

O processo de substituição deve incluir:

  • inspeção visual e medição do diâmetro interno com paquímetro específico;
  • troca ou retífica dentro dos limites tolerados;
  • verificação e eventual troca do cilindro de roda e molas.

Caso seja necessária, vale lembrar que a substituição preventiva evita falhas críticas no sistema e garante frenagens mais suaves e eficientes para o motorista.

Sinais de desgaste ou falha do sistema

Ficar atento aos sintomas de desgaste ajuda a evitar acidentes e reduzir o custo de manutenção corretiva. Os principais sinais incluem:

  • ruídos metálicos ao frear;
  • pedal de freio “borrachudo” ou com curso maior;
  • perda de eficiência na frenagem;
  • vibração ao acionar o freio;
  • vazamento de fluido próximo às rodas traseiras.

Caso um cliente relate um ou mais desses problemas, é necessário alertá-lo para que não continue dirigindo o veículo sem fazer uma visita técnica primeiro. Talvez seja preciso substituir peças como o tambor, sapatas ou cilindro de roda.

Diferença entre tambor e disco: custo, manutenção, desempenho

A diferença entre freio a tambor e a disco envolve três aspectos principais: custo, desempenho e manutenção. Vamos falar de cada um deles.

Em relação aos custos:

  • o sistema a tambor é mais barato de fabricar e manter;
  • as peças têm maior vida útil em condições normais.

Já em relação ao desempenho:

  • os freios a disco dissipam melhor o calor, oferecendo frenagem mais precisa e constante;
  • o tambor pode sofrer com fading, tornando-se menos eficaz sob uso intenso;
  • discos reagem mais rapidamente e são ideais para altas velocidades e veículos mais pesados.

Por fim, em termos de manutenção:

  • o tambor exige inspeções periódicas e regulagem das sapatas;
  • o disco possui manutenção mais simples, com substituição direta das pastilhas;
  • o tambor pode exigir retífica para correção de ovalizações ou irregularidades.

Portanto, quem prioriza custo-benefício e dirige em trajetos urbanos pode escolher o freio a tambor, enquanto quem busca condução esportiva ou possui veículos de alta performance deve optar pelo disco.

Cuidados ao substituir lonas e manter o sistema calibrado

A troca das lonas de freio (material de atrito das sapatas) deve ser feita com muito cuidado e atenção à espessura mínima recomendada e à integridade do tambor. Além disso, algumas ações são fundamentais para garantir o bom funcionamento do sistema:

  • limpar adequadamente os componentes antes da montagem;
  • verificar se o cilindro de roda está em bom estado e sem vazamentos;
  • aplicar regulagem correta da folga entre sapatas e tambor;
  • realizar sangria do sistema hidráulico, se necessário;
  • testar o freio antes de colocar o veículo em circulação.

Essas práticas prolongam a vida útil do sistema e asseguram frenagens progressivas e seguras. A calibração correta evita desgaste irregular e ruídos.

Este post mostrou como funciona o freio a tambor, suas vantagens, limitações e sinais de desgaste. Embora muitas vezes visto como ultrapassado, esse sistema ainda tem seu lugar em veículos populares e utilitários. Quando bem mantido e cuidado por um mecânico qualificado,  oferece segurança, economia e desempenho satisfatório para o dia a dia do proprietário.

Para continuar se informando sobre temas relacionados ao universo automotivo, especialmente sobre os sistemas de freio, acompanhe o blog da Fremax!

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