Quando o assunto é segurança no trânsito, sabemos que diversos cuidados devem ser tomados — e os freios são prioritários quanto a isso. Por aqui, costumamos falar bastante sobre disco e pastilhas, mas você sabe o que é fluido de freio e quando realizar a troca?
A força física que um motorista exerce sobre o pedal de freio não é transferida para as rodas aleatoriamente, como um passe de mágica, e sim por meio de uma engenharia bastante complexa. Mesmo assim, é possível explicar como ela funciona e o papel de cada item que a integra.
Quer saber mais sobre o fluido de freio, bem como quando ele deve ser trocado? Juntamos as principais informações sobre o tema para sanar todas as suas dúvidas. Continue a sua leitura e confira!
O que é fluido de freio?
Todo proprietário de veículo e reparadores automotivos prestam muita atenção ao óleo lubrificante e à água do sistema de arrefecimento, mas o fluido de freio não raramente passa despercebido pelas inspeções de rotina. Esse é um grande erro, pois tal componente é fundamental para o funcionamento dos freios e a consequente manutenção da segurança de ocupantes e terceiros.
Entre as características do fluido de freio estão a baixa taxa de compressão e o alto ponto de ebulição. Outra característica é a capacidade de manter o sistema lubrificado, pois se alguma das peças emperrar, a capacidade de frenagem ficaria ameaçada.
Como funciona o fluido de freio?
No tópico anterior foi mencionada a baixa taxa de compressão, ou baixa compressibilidade, que é a resistência a perda de volume quando o pedal é acionado pelo motorista. Essa característica é importante, pois faz com que o fluido não perca pressão, e assim consiga acionar as sapatas e pastilha de freio.
Isso porque quando o motorista pisa no freio, a força mecânica que ele exerce é convertida em pressão hidráulica por meio do fluido, que faz com que as outras peças que formam o sistema de freios funcione da forma adequada.
Mais exatamente, é o que fará com que as pastilhas entrem em atrito com os discos de freio. E é esse contato entre essas peças que fará com que o veículo reduza a sua velocidade ou pare, de acordo com a pressão que será exercida sobre os pedais.
Já o alto ponto de ebulição faz com que, mesmo que atue sobre elevadas temperaturas, o fluido permaneça no estado líquido e apto a funcionar da maneira ideal. O atrito constante entre as peças do sistema de freio faz com que as temperaturas de funcionamento fiquem bastante elevadas — e quanto mais exigido, maior ela será.
Portanto, é indispensável que o fluido — que tem papel central no sistema — permaneça estável e apto a realizar o seu trabalho em qualquer condição. O fluido é mantido em um reservatório e é distribuído pelo sistema por meio do cilindro mestre, que recebe a força mecânica do pedal e, por meio dos flexíveis que conduzem o fluido, a transforma em pressão hidráulica.
Quando realizar a troca de fluido?
O ideal é que motoristas e reparadores estejam sempre atentos ao reservatório, para verificar se o fluido está ao menos no nível mínimo especificado para o funcionamento adequado. Também é importante observar se há vazamentos no sistema, em busca de constatar marcas no cofre do motor ou no chão da garagem. O cheiro do fluido é bastante peculiar, e pode ser facilmente identificado.
Além da baixa no nível e dos vazamentos, há outras razões que fazem com que o fluido tenha de ser trocado periodicamente. Assim como a presença de combustíveis ou de líquidos estranhos contaminam o óleo lubrificante em razão da perda de viscosidade, há um elemento que condena o fluido de freio.
No caso, é a absorção de umidade, que faz com que o fluido tenha seu ponto de ebulição reduzido e a sua taxa de compressão aumentada. Dessa forma, o sistema de freios fica vulnerável em momentos em que ele é mais exigido — em descidas de serras e ladeiras, por exemplo.
O ideal é estar sempre atento ao sistema de freios, sendo que a troca do fluido é recomendada pelas montadoras a cada 10 mil quilômetros ou, quando não atingida essa quilometragem, a cada 2 anos. Estima-se que esse é o prazo para que a absorção de oxigênio cause problemas ao sistema, como a mencionada perda de eficiência.
Nas oficinas mais equipadas, é comum que haja um aparelho que examina a qualidade do fluido de freio. Isso possibilita uma resposta mais acertada sobre o momento ideal para se fazer a troca do líquido.
Quais os sinais que indicam a troca?
Fizemos algumas recomendações que apontam para o momento da troca, mas que estão longe de encerrar o assunto, pois outros sinais indicam qual é o momento ideal. Um deles é facilmente sentido, que é a necessidade pisar com mais força no pedal para que consiga frear o veículo.
Outro sinal semelhante é notado quando o pedal está mais baixo que o normal, e facilmente se chega ao fim do seu curso sem que isso se transforme em uma freada eficiente. Tais sinais podem indicar que o fluido de freio perdeu a sua validade, está em nível abaixo do recomendado ou que entrou ar no sistema.
Mas é válido apontar que, em razão de um respiro presente na tampa do reservatório, o fluido está sempre em contato com o ar, o que indica que de fato sua vida útil não será mais longa do que o prazo de dois anos comumente indicado.
A cor e a viscosidade também se alteram com o passar do tempo e do contato com o oxigênio, também indicando a necessidade de troca quando é visível uma cor mais escura do que a do fluido novo.
Atenção a manutenção preventiva
Quando o pedal estiver mais fundo do que o normal, houver vazamentos no sistema ou tiver se passado o prazo ou quilometragem recomendada para a troca, é hora. Não procrastine a manutenção! Leve seu carro imediatamente a um mecânico devidamente habilitado. Ele saberá como devolver as condições ideais ao seu veículo!
Entendeu o que é fluido de freio e quer saber mais sobre o tema? Aproveite e entre em contato conosco! Continuamos à disposição para tirar todas as suas dúvidas!