A injeção eletrônica é o componente responsável por manter o controle de uma série de atividades do motor, entre as quais se destacam a pressão do ar e a entrada de combustível.
Nesse sentido, o sistema envia, de maneira controlada e equilibrada, o combustível para o motor do veículo e esse equilíbrio é garantido por um chip eletrônico. A função desse chip é fazer um ajuste refinado da alimentação de combustível com foco no ganho de eficiência e desempenho.
Essa maior efetividade na combinação de ar e combustível que entra no motor, torna a combustão mais eficaz e isso resulta em uma menor emissão de gases poluentes — fator preponderante para a criação desse componente.
Neste post, vamos entender como funciona o sistema de injeção eletrônica, os benefícios que trouxe para o setor e como identificar possíveis problemas. Confira!
QUAIS SÃO OS COMPONENTES DA INJEÇÃO?
Antes de entendermos como funciona a injeção eletrônica, vamos conhecer melhor a sua composição, analisando cada um de seus componentes e suas respectivas funções para o bom funcionamento do veículo.
Ler maisSENSORES
Os sensores são os componentes responsáveis pelo bom funcionamento do sistema de injeção eletrônica. As informações obtidas por eles são enviadas para uma central e, a partir delas, o sistema consegue analisar de forma precisa o funcionamento do motor.
Para que isso seja possível, os sensores são alocados em pontos estratégicos dentro do motor. Entre as informações mais importantes para essa análise estão a temperatura, a pressão, a velocidade e o funcionamento proporcional dos reagentes.
CENTRAL DE INFORMAÇÕES
A central de informação atua como um repositório de dados que recebe todas as informações obtidas pelos sensores. O sistema de injeção eletrônica utiliza essa central para fazer o gerenciamento do motor.
Entre as principais funções desse componente está a comparação dos parâmetros de fábrica com as informações obtidas em tempo real, com o intuito de definir a injeção de combustível ideal para que o veículo atinja o seu máximo desempenho e eficiência.
ATUADORES
Depois da obtenção das informações, centralização e análise dos dados é hora de fazer a alimentação e queima dos combustíveis de acordo com as informações obtidas. Essa é a função dos atuadores, que são representados pela bomba injetora de combustível, motor de passo, ventoinha de arrefecimento e bobinas de faísca.
COMO A INJEÇÃO ELETRÔNICA FUNCIONA?
Agora que já conhecemos os componentes, vamos entender como funciona a injeção eletrônica — são etapas que duram frações de segundos. Quando o motorista dá a partida no motor, os pistões começam a fazer movimentos contínuos subindo e descendo. A partir disso, o sensor de rotação “avisa” a unidade de comando. Quando o pistão desce, ele promove uma aspiração no coletor e um vácuo na atmosfera, que passará pelo medidor de ar e borboleta de aceleração até chegar aos cilindros do motor.
Em tempo real, o medidor informa à unidade de comando a quantidade de ar que foi recebida. A partir dessa informação, a unidade possibilita que as válvulas de injeção distribuam a quantidade ideal de combustível de acordo com o volume de ar que foi gerado, fazendo o equilíbrio perfeito entre esses dois elementos.
COMO A INJEÇÃO ELETRÔNICA SURGIU?
Para falarmos do surgimento e evolução da injeção eletrônica, temos que voltar ao passado, onde um componente que fazia um barulhinho característico era responsável pela mistura mecânica entre ar e combustível no motor: o carburador.
Embora os amantes de carros antigos possam ter uma certa nostalgia em relação ao barulho característico dessa peça de modo geral, para o benefício dos condutores e do meio ambiente, o carburador perdeu espaço com a chegada da injeção eletrônica.
Isso porque, por serem peças mecânicas, era comum que o desgaste acontecesse sem a percepção do condutor mais leigo. O resultado era o excesso de gases poluentes, com a emissão de fumaça preta, consumo excessivo de combustível, peças soltas, problemas de partida e a falta de equilíbrio entre a marcha lenta ou rápida demais.
Com tantos problemas, não demorou muito para que os engenheiros das grandes montadoras começassem a trabalhar em projetos que otimizassem a injeção de combustível no motor, de modo que se tornasse o mais preciso possível e controlável.
A crise do petróleo, na década de 1970, acelerou essa corrida. Afinal, com o preço do combustível mais caro e escasso, não dava mais para abusar dos carburadores desregulados que elevam o consumo.
Nesse cenário, a injeção mecânica deu lugar a uma perspectiva computadorizada, ou seja, o controle deixou de ser feito de forma uniforme e regulado manualmente e passou a ser relativo, de acordo com uma série de variáveis, que são controladas por um dispositivo eletrônico.
A partir disso, os módulos de injeção eletrônica estão em constante aprimoramento, de acordo com as evoluções tecnológicas, agregando funcionalidades extra que aprimoram cada vez mais o funcionamento dos motores em busca da excelência.
QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS DA INJEÇÃO ELETRÔNICA?
Como vimos, a criação da injeção eletrônica veio para corrigir uma série de problemas em relação ao funcionamento dos motores, com destaque para a redução de agentes poluentes e do consumo de combustível. Veja abaixo quais são os principais benefícios trazidos pela implementação desse sistema:
- redução na emissão de agentes poluentes — com o motor equilibrado e funcionamento de maneira correta, a sobra de combustível que seria liberada é reduzida;
- redução nos problemas de partida, pois não há mais a necessidade do uso do afogador;
- redução do consumo de combustível, pois o controle eletrônico garante a utilização da quantidade necessária;
- melhor desempenho do motor, já que, ao receber sempre a quantidade necessária de combustível, reduz a possibilidade de entupimento das agulhas.
COMO IDENTIFICAR POSSÍVEIS PROBLEMAS NO SISTEMA DE INJEÇÃO ELETRÔNICA?
A injeção eletrônica traz uma série de benefícios para o veículo, para o condutor e para o meio ambiente, mas para que essas vantagens sejam alcançadas, é importante que o sistema esteja funcionando plenamente.
Um sistema de injeção eletrônica com mau funcionamento, envia várias mensagens para o condutor. Confira quais são as mais marcantes:
- consumo do combustível acima da média — se você perceber que o consumo está subindo de forma crescente, este pode ser um sinal;
- queda de potência do motor ou redução esporádica;
- quando a luz da bomba de injeção pisca em diferentes ocasiões ou quando fica acesa de forma intermitente;
- quando você tem dificuldade de ligar o veículo durante as manhãs, com o veículo apresentando falhas ou engasgos — relembrando os tempos de carburador.
Ao identificar alguns desses problemas, procure ajuda especializada para manter o veículo em pleno funcionamento, com o máximo desempenho, consumo equilibrado de combustível e menos emissões de gases tóxicos.
Esperamos que, após a leitura, você tenha um entendimento melhor de como funciona o sistema de injeção eletrônica e os benefícios que o desenvolvimento desse sistema trouxe.
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