Assim como os cintos de segurança e os freios ABS, o Controle Eletrônico de Estabilidade é considerado uma grande inovação da indústria automobilística.
A tecnologia é responsável por monitorar a trajetória e o comportamento do veículo nas estradas, sendo popularmente conhecida como ESP e ESC, abreviação dos termos Electronic Stability Program e Electronic Stability Control, respectivamente. O sistema age para evitar acidentes graves, pois assegura o controle do veículo em situações extremas, como curvas acentuadas em alta velocidade e mudanças de direção bruscas.
Para que você entenda mais sobre o controle eletrônico de estabilidade, explicaremos o conceito desse dispositivo e como ele funciona. Acompanhe a leitura!
O que é o controle eletrônico de estabilidade?
O controle eletrônico de estabilidade é um sistema que monitora diversos sensores e consegue identificar se o movimento realizado pelo motorista corresponde à direção real em que o veículo está se movendo. Dessa forma, ele entra em ação quando verifica algum desvio na trajetória do volante, assim, quando necessário, diminui a rotação do motor e ou aciona os freios individualmente por meio de atuadores hidráulicos para equalizar a rotação das rodas.
O sistema é composto por duas partes: hardware e software. A primeira são os atuadores, sensores e unidades de controle. Já o software faz o monitoramento dos sensores baseado nas informações que recebe. Dessa maneira, envia comandos ao motor e aos atuadores para corrigir alguma anormalidade.
Dentre os componentes, pode-se destacar:
● modulador hidráulico;
● sensor de velocidade da roda;
● sensor do ângulo da direção;
● sensor yaw;
● atuadores;
● unidade de controle.
O sistema de controle de estabilidade começou a se popularizar devido à obrigatoriedade do ABS. Com isso, as empresas do ramo passaram a ter novos elementos de segurança em seus veículos, a exemplo dos componentes de atuação de freio eletrônico. No entanto, embora já tenha se tornado obrigatório no Brasil, ele ainda não está presente em boa parte dos veículos.
Como ele funciona?
Como dito, o ESP é uma tecnologia que monitora vários fatores da direção e do próprio carro com o intuito de identificar a possibilidade de perda de controle antes que ela aconteça e evitar possíveis acidentes.
Tais fatores podem ser:
● perda de tração nas rodas;
● inclinação do veículo;
● angulação das rodas;
● velocidade do carro;
● trajetória das curvas;
● rotação das rodas.
O controle de estabilidade funciona como uma espécie de computador que decodifica esses dados e entra em ação de acordo com as especificidades do modelo instalado. Ou seja, o sistema monitora os sensores instalados em várias partes do veículo, como rodas, eixo longitudinal e caixa de direção. Quando necessário, os freios são estrategicamente acionados para reduzir a velocidade e reaver o controle do carro ao condutor.
Na prática, isso ocorre, principalmente, quando o motorista faz um movimento com o volante, porém o veículo tende a tomar outra trajetória, como em uma curva, ultrapassagens ou desvios.
Para saber se o veículo apresenta o sistema, basta procurar no painel por um botão com o desenho de um carro como se estivesse derrapando. Esse botão é responsável por desativar o recurso e, se estiver presente, quer dizer que o automóvel está equipado com a tecnologia. Há também alguns modelos que não permitem desativar a função por questões de segurança.
É claro que esta é uma explicação simples de toda a rotina sensorial, computacional e mecânica que é controlada pelo sistema. Entretanto, é um resumo bastante visual e prático sobre a funcionalidade que a tecnologia oferece no dia a dia dos motoristas. Por isso, trata-se de um recurso extremamente importante para a segurança.
Como e por que usar o controle eletrônico de estabilidade?
Como o ESP impede que o motorista perca o controle do veículo em possíveis situações arriscadas, tais como curvas fechadas, desvios bruscos e pistas escorregadias, ele é capaz de diminuir significativamente os acidentes fatais, e o controle do carro passa a ser maior.
É importante destacar que, apesar de ajudar na segurança dos passageiros do carro, o controle de estabilidade não consegue aumentar a aderência dos pneus.
Portanto, não há como garantir total estabilidade e, se o limite de aderência for alcançado, não há como evitar um acidente. Por isso, além do ESP, é fundamental manter os cuidados básicos de direção e a manutenção preventiva em dia.
Quais as vantagens de utilizar essa novidade?
De modo geral, a principal vantagem do controle eletrônico de estabilidade é manter o veículo firme em meio a situações de risco. Isso permite que o condutor tenha maior controle do seu carro, garantindo a segurança aos motoristas.
Além disso, quando consideramos os veículos de carga, a tecnologia é capaz de identificar as variações na distribuição da carga, otimizando a eficácia dos freios, dando mais estabilidade e tração.
Por último, vale ressaltar o fator economia. O sistema é fundamental para evitar acidentes, tanto leves quanto graves, o que significa menos despesas e incômodos com procedimentos de manutenção do carro, indenização e seguro.
Dito isso, é importante ressaltar que o sistema de controle de estabilidade não pode ser adquirido individualmente e instalado por conta própria no veículo. Pelo fato de os sensores serem previamente configurados e calibrados, o ESP é um item de série, ou seja, deve vir obrigatoriamente da fábrica.
Podemos dizer, dessa forma, que usar essa tecnologia vale muito a pena, já que se trata de um recurso essencial para aumentar a segurança de qualquer veículo moderno. Então, não deixe de prezar pela sua segurança ao adquirir um carro novo. Fique atento se ele apresenta esse sistema!
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